terça-feira, 23 de novembro de 2010

Queremos gratuidade total (ou: A utopia de hoje é o futuro do amanhã)

“Deixar que os fatos sejam fatos naturalmente, sem que sejam forjados para acontecer. Deixar que os olhos vejam pequenos detalhes lentamente. Deixar que as coisas que lhe circundam estejam sempre inertes, como móveis inofensivos, pra lhe servir quando for preciso, e nunca lhe causar danos, sejam eles: morais, físicos ou psicológicos.” (Chico Science)

Disseram que a tarifa de transporte coletivo não ia subir. Mesmo depois de terem dito a mesmíssima coisa ano passado, antes dela subir. Disseram que tudo isso era boataria. O que nos dá razão de sobra pra não acreditar nisso tudo. Já perguntamos: “quem acredita?”. Mas ninguém respondeu. Ninguém respondeu, mas parece que no fundo todo mundo acredita. Ou quase todo mundo. Pois, como foi dito por nossos próprios colegas, fechar meia hora uma avenida importante ou fazer um bafafá na frente de um prédio administrativo parece ser o bastante pra sentirmos que já cumprimos nosso dever civil. Que dever civil é esse: o de reclamar por menos chibatadas e não ser atendido? Ou de ter o seu desejo supostamente concedido, mesmo que temporariamente, só enquanto as feridas cicatrizam?

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

#TransporteGratuitoParaTodos (ou: A união faz a força)

“Toda e qualquer informação acerca de aumento na passagem dos transportes coletivos de Natal é boataria.”

Com essa frase, a prefeita deixou claro de uma vez por todas que aqui em Natal não tem isso de disse-me-disse, nem essa de pau-mandado. O recado foi dado enquanto ela conversava com a imprensa local sobre as notícias que vazaram divulgando o aumento - quarto consecutivo em três anos.

domingo, 21 de novembro de 2010

Aumento da tarifa de ônibus: um assalto à mão armada

Depois de ser prejudicada com as falhas na implantação do sistema passe livre, população natalense é vitíma de mais uma triste medida: o reajuste da tarifa.

Primeiro foi o passe livre - sistema de bilhetagem eletrônica ironicamente batizado com o mesmo nome de um movimento nacional pela tarifa zero - que surgiu com a pretensão de ajudar mas, por algumas falhas no planejamento, deixou muita gente na mão. Como os moradores da Zona Norte, por exemplo, que se viram impedidos de usufruir da gratuidade na integração porque o atraso dos ônibus e a demora no trajeto das linhas obrigava-os a passar mais tempo na condução do que a 1 hora estipulada pelo sistema, forçando-os a inevitavelmente pagar outra passagem e aumentar ainda mais a já elevada despesa com o transporte coletivo. Agora é a tarifa, que está prestes a sofrer um novo reajuste.